ESTUDO DIRIGIDO: LITERATURA
CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA
1. Qual o contexto histórico a
partir dos anos 60?
DE 1960 a 1970: grande
efervescência cultural: o consumismo, a exploração do ser humano pelo outro e
os limites da consciência passam a ser questionados.
- Surgem músicas de protesto,
movimentos contra a discriminação racial e sexual.
- Palavra símbolo de civilização:
informação.
Com o século XXI, há o repúdio ao
conhecimento estanque, absoluto.
- Há o convite à
interdisciplinaridade, à ética e à responsabilidade social.
- Fim da Guerra Fria e a Queda do
Muro de Berlim, em 1989, desencadearam um processo de reorganização política
que deu origem à Globalização e à integração de Mercados.
- As pressões do mercado
intensificaram as distâncias entre ricos e miseráveis.
Período de acentuado
desenvolvimento tecnológico e industrial e diversas crises no campo político e
social.
- Os anos 60 (época do governo
democrático-populista de J.K.) - verdadeira euforia política e econômica, com
amplos reflexos culturais: Bossa Nova, Cinema Novo, teatro de Arena, as
Vanguardas, e a Televisão.
A crise desencadeada pela
renúncia do presidente Jânio Quadros (1961) e o golpe militar (1964), que
derrubou João Goulart, colocaram fim nessa euforia, estabelecendo um clima de
censura e medo no país (promulgação do AI-5; fechamento do Congresso; jornais
censurados, revistas, filmes, músicas; perseguição e exílio de intelectuais,
artistas e políticos).
- A cultura usou disfarces ou
recuou.
Com a conquista do tricampeonato
mundial de futebol em 1970, uma onda de nacionalismo ufanista espalhou-se por
todo o país. "Brasil - ame-o ou deixe-o“.
- Em 1979, um dos primeiros atos
do presidente Figueiredo foi sancionar a lei da anistia, permitindo a volta dos
exilados.
- Esse ato presidencial fez o
otimismo e esperança renascerem naqueles que discordavam da política praticada
pelos militares daquele período.
Na década de 80 inicia-se uma
mobilização popular pela volta das eleições diretas, que só veio a se
concretizar em 89, com a posse de Fernando Collor de Mello, cassado em 1991.
- 1995: eleição e posse do
presidente Henrique Cardoso.
- Em 2012, Luiz Inácio Lula da
Silva foi eleito presidente, reelegendo-se em 2006.
- Em 2010, é eleita a primeira
presidenta mulher do Brasil: Dilma Rousseff.
2. O que foi a Poesia Concreta?
É a poesia que utiliza múltiplos
recursos:
Acústico
Visual
Carga
semântica
Espaço
tipográfico
Disposição
geométrica dos vocábulos na página
Exige
do leitor uma participação ativa
Permite
uma leitura múltipla.
Poema
= Desafio
Leitor
= Co-autor
3. Quais os principais
representantes da Poesia Concreta?
Haroldo
de Campos
Augusto
de Campos
Décio
Pignatari
4. Defina Poesia Práxis, Poesia
Social, Poema-Processo, Poesia Marginal. Coloque características e
representantes.
Poesia práxis: Poesia dinâmica, transformada pela
interferência ou manipulação do leitor, ou seja, por sua prática (práxis). Periodicidade
e repetição das palavras, cujo sentido e dicção mudam, conforme sua posição no
texto. Representantes: Mário Chamie e Cassiano Ricardo, que valorizavam
muito mais o conteúdo do que a forma em si.
Poesia Social: é a poesia que reabilitou
o verso e o lirismo. Linguagem próxima do cotidiano. Poesia= instrumento de
participação social e política. Representantes: Ferreira Gullar, Mário Quintana.
Poema-Processo: é um movimento
artístico desenvolvido no período de 1967 a 1972, decorrente do concretismo.
Lançado simultaneamente em Natal e no Rio de Janeiro por Moacy Cirne, Wlademir
Dias-Pino, Álvaro de Sá, Neide Dias de Sá, Anselmo Santos, Dailor Varela,
Anchieta Fernandes, Falves Silva, Nei Leandro de Castro, Sanderson Negreiros,
Pedro Bertolino, Hugo Mund Jr. dentre outros. Em seguida, Joaquim Branco,
Sebastião Carvalho, José Arimathéa, Ronaldo Werneck e, mais tarde, Jota
Medeiros e Bianor Paulino se incorporaram ao movimento, com seus poemas
semiótico-gráfico-visuais, além dos projetos semântico-verbais.
Poesia Marginal: poesia de
produção alternativa, divulgada à margem da editoração oficial, porém ocupando
seu espaço na literatura. Poesia das ruas, do corpo a corpo dos poetas nas
filas dos cinemas, dos teatros e outras; nos bares, nas praças, nos institutos
culturais, nas escolas, nas editoras, e até na sala de aula de alguns
professores liberais. Os poetas alternativos levaram a poesia para as ruas,
democratizaram a arte, declamaram bem alto... Cartões, camisas, o papel, a
brochura, a xerox, o espaço, vozes ecoando nas praças, nos palcos, nas telas
dos cinemas, nos pátios, nos bares, nas calçadas. Representantes: Cacaso (Antônio Carlos Ferreira de
Brito), Charles CHACAL, Torquato Neto.
5. O que foi o tropicalismo,
Bossa Nova, Jovem Guarda e qual a importância desses movimentos para a
literatura brasileira?
Tropicalismo: Movimento cultural
do fim da década de 60 que, usando deboche, irreverência e improvisação,
revoluciona a música popular brasileira, até então dominada pela estética da
bossa nova. Liderado pelos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o
Tropicalismo usa as ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade para
aproveitar elementos estrangeiros que entram no país e, por meio de sua fusão
com a cultura brasileira, criar um novo produto artístico. Também se baseia na
contracultura, usando valores diferentes dos aceitos pela cultura dominante,
incluindo referências consideradas cafonas, ultrapassadas ou subdesenvolvidas.
O movimento é lançado com a
apresentação das músicas Alegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de
Gil, no Festival de MPB da TV Record em 1967.
O Tropicalismo manifesta-se,
ainda, em outras artes, como na escultura Tropicália (1965), do artista
plástico Hélio Oiticica, e na encenação da peça O Rei da Vela (1967), do
diretor José Celso Martinez Corrêa (1937-).
O movimento acaba com a
decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968. Caetano e Gil
são presos e, depois, exilam-se na Inglaterra.
Bossa Nova: é um movimento da
música popular brasileira do final dos anos 50 lançado por Antonio Carlos
Jobim, Luiz Bonfá, Carlos Lyra,João Gilberto, Vinícius de Moraes e jovens
cantores e/ou compositores de classe média da zona sul carioca, derivado do
samba e com forte influência do jazz. De início, o termo era apenas relativo a
um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação
estética dentro do moderno samba carioca urbano. Com o passar dos anos, a Bossa
Nova tornou-se um dos movimentos mais influentes da história da música popular
brasileira, conhecido em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música
Garota de Ipanema composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos
Jobim.
Jovem Guarda: A Jovem Guarda foi
um movimento cultural brasileiro, surgido em meados da década de 1960, que
mesclava música, comportamento e moda. Surgida em agosto de 1965, a partir de
um programa televisivo exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo
cantor e compositor Roberto Carlos, conjuntamente com o também cantor e
compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, a Jovem Guarda deu origem a
toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Sua alegria e
descontração transformaram-na em um dos maiores fenômenos nacionais do século
XX.
Sua principal influência era o
rock and roll do final da década de 1950 e início dos 1960. Grande parte de
suas letras tinham temáticas amorosas, adolescentes e açucaradas - algumas das
quais, versões de hits do rock britânico e norte-americanos da época.
Por essa inspiração, a Jovem
Guarda tornou-se o primeiro movimento musical no país que pôs a música
brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do rock da época,
catalisado especialmente pelos Beatles.
Além de Roberto, Erasmo e
Wanderléa, destacaram-se no movimento artistas como Ronnie Von, Eduardo Araújo,
George Freedman, Wanderley Cardoso, Sérgio Reis, Sérgio Murilo, Arthurzinho, Ed
Wilson, Jerry Adriani, Evinha, Martinha, Lafayette, Vanusa, além de bandas como
Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Leno e Lílian, Deny e Dino, Trio
Esperança, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.
Fenômeno midiático que arrastou
multidões, também designado como iê-iê-iê, em alusão direta à musica dos
Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma
vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito,
primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais.
6. Como se caracterizou o Teatro
e o Cinema a partir dos anos 60?
Tanto o teatro quanto o cinema no
Brasil tiveram uma origem marginal e muito pouco incentivada, seja pelo
público, seja pela mídia ou patrocinadores em potencial. mesmo assim houve
iniciativas bem sucedidas neste período, desenvolvidas de forma underground com
recursos ínfimos.
Foi em 1962 que o Brasil ganhou
seu 1º e único Grande prêmio (A palma de ouro em Cannes) com o filme "O
pagador de promessas".
7. Quais as características do
conto contemporâneo?
8. Quais as características da crônica
contemporânea?
A partir dos anos 70, houve uma
verdadeira explosão editorial do conto e da crônica, por serem narrativas
curtas, condensadas e atenderem à necessidade de rapidez do mundo moderno.
Novas dimensões foram introduzidas no conto tradicional: subversão da sequência
narrativa, interiorizarão do relato, colagem de flashes e imagens, fusão entre
poesia e prosa, evocação de estados emocionais.
A crônica, texto ligeiro, de
interpretação imediata, com flagrantes do cotidiano, também passou a agradar o
leitor tornando-se popular.
Contos: Lygia F. Telles, Osmar
Lins, Murilo Rubião, Autran Dourado, Homero Homem, Moacyr Scliar, Oto Lara
Resende, Dalton Trevisan, J. J. Veiga, Nélida Pinon, Rubem Fonseca, João
Antônio, Domingos Pelegrim Jr, Ricardo Ramos, Marina Colasanti, Luís Vilela,
Marcelo Rubens Paiva, Ivan Ângelo e Hilda Hilst.
Crônica: Rubem Braga, Vinícius de
Moraes, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade,
Fernando Sabino, Álvaro Moreira, Sérgio Porto (Stanislau Ponte Preta), Lourenço
Diaféria, Luís Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro.
Fonte: Wikipédia.
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